Sujeitos abordados pela nossa Ana Sofia nacional

 

DELFINS

Miguel Angelo 

Emanuel Rodrigues Ramalho

Fernando Manuel Silva Gomes Ribeiro Da Cunha

Nicole Eitner

Luís Manuel De Andrade  Sampaio Ferreira

 

DELFINS

1981

Em Cascais, os adolescentes Fernando Cunha, João Carlos e Silvestre ,começam a ensaiar juntos, perseguindo o sonho de formarem um grupo musical. Numa garagem mínima instalam os seus instrumentos de quarta categoria e aprendem a tocar alto. Eram movidos pelo que os movimentos punk e new wave lhes tinham ensinado: não era preciso saber tocar muito bem ou ter instrumentos muito caros para que se fizessem ouvir. Bastava a atitude.

1982

Ouvindo aquele barulho, Miguel Angelo passa nas redondezas e conhece os outros três (na realidade era irmão de João Carlos, que fartava-se de o ouvir lá em casa, no quarto, a inventar canções). Canta o "Amor" dos Heróis do Mar como prova geral de acesso e, como candidato único, transforma-se no cantor da banda, ainda sem nome. Começam a criar temas originais em português, ainda longe do pop que os caracterizaria mais tarde. Cruzam as guitarras eléctricas com alguma música popular e obtêm um resultado híbrido, não muito longe do que faziam os Skids ou depois os Big Country na altura. Autodenominam-se, imaginem, Fanfarra! Entra mais um guitarrista, Carlos Rouco, que sai no mesmo ano.

1983

Chega um baterista, Pedro Molkov, que substitui caixa de ritmos até aí usada nos ensaios. Isso é condição para que se comecem a preparar espectáculos ao vivo. É no final deste ano que dão o seu primeiro espectáculo, no casamento da irmã do Fernando Cunha, em Cascais, junto ao mar do Guincho. É nesse ano que Pedro Ayres Magalhães os ouve pela primeira vez, ao que terá dito: "Volto daqui a seis meses. Trabalhem rapazes!". Fazem, em Tires, o seu primeiro Réveillon, depois de tocarem em bares como o Casablanca, em Cascais, onde tentam impingir ao público os seus originais, em vez das covers dos anos 60 ou de música brasileira a que ele estava habituado.

1984

O Pedro Ayres volta e gosta especialmente de dois ou três temas mais pop que o grupo acabara de criar. Um deles chama-se "Letras" e é autobiográfico e original, outro é uma versão de "O Vento Mudou", tema defendido por Portugal, na Eurovisão de 67, pelo "grande" Eduardo Nascimento. O Pedro era um dos activistas de uma editora independente, a Fundação Atlântica, e oferece-se para produzir o grupo. Nesse princípio de ano muita coisa se passa: Ensaios, gravações, fotografias… mas onome só vem no fim. António Cunha, irmão de Fernando e empresário do grupo desde então, e até hoje, baptiza o grupo de "Delfins", num intervalo das misturas do 1º single. Toda a gente se ri e pensa que se trata de uma brincadeira… Em Agosto (tinha de ser no Verão!), sai o primeiro single e maxi-single do grupo: no single, o lado A é o "Letras"; no maxi, é "O Vento Mudou" (com um solo de guitarrra inesquecível de Tó Pinheiro da Silva), que se torna no maior êxito radiofónico do Verão, muito antes das paly-lists existirem… Em Dezembro animam o Rock Rendez Vous, numa passagem de ano histórica para alguns elementos da banda, mas isso não se pode aqui contar…

1985

Em 85 é que foram elas! A decisão azougada de ir ao festival da Canção! Naquele tempo o Festival tinha toda a gente a vê-lo (ainda antes da Sic), e foi uma oportunidade única para aparecerem. Último lugar, do que é que estavam à espera?! A simplicidade pop de "A Casa da Praia", que seria o segundo e último single para a Fundação Atlântica, estava anos luz à frente do que se fazia naquele Festival. Ou seja, ninguém percebeu, nem uns, nem outros. O que provocou a travessia do deserto a que todas as bandas deveriam ser obrigadas, para crescerem harmoniosamente… O baixista João Carlos vai para o Serviço Militar Obrigatório e sai do grupo. As coisas começam a reformular-se. Substitui-o Carlos Brito de Sá (mas porque é que a palavra Astronautas começa a ecoar-me nos ouvidos?).

1986

Ano chave: A entrada de Rui Fadigas para o baixo (sai Carlos Brito), e a mudança de baterista (sai Molkov, entra Jorge Quadros), dá aos Delfins a consistência que eles há muito buscavam. Carlos Maria Trindade mostra-se interessado em produzir o grupo, e é isso que acontece, no Verão. Produzem uma maquete com "A Baía de Cascais", "Estrelas doRock'n'Roll", "O Caminho da Felicidade" e "Peço desculpa". Três delas ficam para o primeiro álbum, mas seriam todas recusadas pelas editoras numa primeira volta. É aí que o grupo toma uma decisão vital para a continuação da sua existência: Vai para estúdio, sozinho e a expensas próprias, gravar o disco em que acreditava. Convida uma cantora, Marité, para os coros.

1987

Os Delfins apresentam o disco no Coconuts, em Cascais, preparando-se para uma edição de autor. Num espectáculo em que o técnico de som se encontra atrás do palco, entusiasmam não só os Cascaenses mas também alguns executivos convidados para o evento. Especialmente a versão de "Canção de Engate", de António Variações, que tocam no encore, e que não estava no disco. "Libertação" é o nome escolhido para o primeiro álbum, depois de assinarem contrato com a Emi-Valentim de Carvalho, a companhia que melhores condições oferece, nomeadamente em termos de prazo de edição. Voltam a estúdio para gravarem "Canção de Engate". Vão ao Porto comprar equipamento e no mesmo dia tocam no Aniki-Bóbó, na Ribeira. O disco sai no Verão (claro), e fazem a sua primeira digressão nacional (uau!). Apresentam o disco à Imprensa no Casablanca, em Cascais, e a filha do primeiro-ministro fica à porta, que já mais ninguém consegue entrar.

1988

Carlos Maria Trindade é novamente o produtor dos Delfins. "U Outro Lado Existe" é o título enigmático e as canções desenvolvem-se liricamente. A cantora Marité dá lugar a Nicole Eitner. Canções como "Bandeira" (inserida numa campanha anti-SMO) ou "Aquele Inverno"(uma visão da nova geração sobre o tabu que era a guerra do Ultramar) tornam-se hinos dos espectáculos, ao lado de "1 lugar ao Sol" e "1 Só Céu". Um crítico bastante simpático afirmava :"É o mais surpreendente disco dos últimos anos da música portuguesa". O teclista Silvestre é substituído por Nuno Canavarro, dos lendários Street Kids. Convidam o saxofonista Leonel Cardoso para alguns espectáculos. Fazem a primeira parte dos Simply Red, em, Cascais, mas o manager do grupo britânico não os deixa acabar o último tema "Bandeira", devido ao ambiente demasiado efusivo que se vivia no pavilhão para uma primeira parte…

1989

Canavarro, que não podia ficar quieto muito tempo, é substituído por Luís Sampaio, dos Radar Kadafi, que entretanto acabam. A formação estabiliza-se (finalmente!). De qualquer modo, isso não os impede de contratar um violinista, David D., para alguns espectáculos nesse ano. E como soa bem aquele solo de violino em "1 Só Céu"… É um ano de muitos espectáculos, destacando-se o do Printemp de Bourges, Aula Magna, em Lisboa, e o Festival de Sagres, com os Xutos.  Nicole Eitner vai estudar para a Alemanha e abandona o grupo.

1990

Nova década, novo disco. Se bem que a custo, outra vez. A editora não gosta das maquetes, que contêm temas como "Marcha dos Desalinhados", "Nasce Selvagem" ou "No meu quarto", e o grupo resolve pedir a rescisão do contrato. Vai para estúdio, outra vez sem editora, para gravar "Desalinhados", como nos primeiros tempos. Mas na altura a BMG decide abrir escritórios em Portugal e contratar o seu primeiro grupo Português. Ouro sobre azul! Depois de uma primeira parte em Alvalade, a de Tina Turner, para mais de 60 mil pessoas, a confiança do grupo começa novamente a crescer. Com as irmãs Dora e Sandra nas vozes, o grupo dá um espectáculo aclamado pela multidão, que acaba a entoar sozinha o "Nasce Selvagem". Um jornal simpático escrevia :"Os Delfins podem congratularem-se de terem sido o 1º grupo português a mexer com tamanha multidão!". O grupo faz, na rentrée, uma digressão por escolas secundárias com dois teclistas, tendo convidado Carlos Maria Trindade para o efeito. Espectáculos a reter: Incrível Almadense, com Lobo Meigo, banda onde tocava Emanuel Ramalho, também ele ex-Street Kids; a aparição surpresa no Johnny Guitar, para trinta pessoas (Inesquecível foi também o barril de cerveja do camarim que não chegou ao fim da noite); Fim de ano no Terreiro do Paço, em Directo para a Tv.

1991

Um ano em que se passa muita coisa, embora não haja disco novo. A digressão "Desalinhados" acaba em Lisboa, no Pavilhão Carlos Lopes, e no Coliseu do Porto, celebrando a marca de disco de prata, o primeiro galardão do grupo. A antiga editora do grupo resolve pôr cá fora uma colectânea dos primeiros anos em Cd, "1 Só Céu-86/89". É no final da digressão que Rui Fadigas abandona o grupo, seguido de Jorge Quadros. Pretendem formar um grupo dissidente e ensaiam ainda umas vezes com João Cabeleira, dos Xutos, tentando criar um power-trio que nunca chegou a existir. É depois do Verão que Pedro Ayres Magalhães entra para o baixo e Emanuel Ramalho para a bateria, confirmando-se a ideia de que o ataque é a melhor defesa. Apresentam-se na Festa do Avante e o concerto é um êxito. Ainda antes do ano acabar, Miguel Angelo e Fernando Cunha integram o projecto Resistência, surpreendendo tudo e todos.

 1992

É o ano da Resistência. Fernando Cunha canta o 1º single, "Não Sou o único". Milhares de discos vendidos e uma digressão vencedora que deixa aos Delfins pouco tempo para trabalharem. Mas é neste ano que começa a construção de um estúdio de gravação, em Cascais, e que começa também a construção de "Ser Maior- Uma História Natural", um projecto ambicioso, conceptual, sobre a lenda de um golfinho que vem viver para o meio dos homens. Promete-se um disco de vinil triplo! Os Delfins tocam em Sevilha, na Praça Sony, em plena Expo 92. Ficam impressionados com o tamanho daquele écran…

1993

Abrem os Estúdios "1 Só Céu", exactamente com a gravação de "Ser Maior". Rui Fadigas regressa, para o baixo, e Pedro Ayres ocupa-se agora das violas acústicas. Pela primeira vez o núcleo duro de composição, (Miguel Angelo/Fernando Cunha) trabalha directamente com Pedro Ayres e abre o seu trabalho musical também à sua autoria. Apresentam o disco à imprensa num espectáculo surpresa sobre o Tejo, numa espécie de ritual iniciático, e depois ao público no Portugal ao Vivo, para 40 mil pessoas. Dá-se início à ronda dos monges encarapuçados, que iria correr o país de lés a lés, incluindo as ilhas mágicas dos Açores, onde se deixam fotografar. Tocam em Paris, no famoso Zénith, ao lado da Resistência. Criam um espectáculo multimédia para o Teatro da Trindade, em Lisboa, e esgotam três noites consecutivas. É, sem dúvida, um espectáculo diferente, só com as canções do disco, seguindo o alinhamento, Acto I e Acto II, com actores de teatro, figurantes, instalações audio e video e um grande cuidado cénico. É um verdadeiro encontro espiritual com o Delfim, o heterónimo da banda.

1994

Os Delfins são convidados para criarem a banda sonora de uma peça de Gil Vicente, pelo Teatro Experimental de Cascais. Trabalham com o encenador Carlos Avilez e com os textos de Gil Vicente, com os quais fazem canções. Além de tocarem, todas as noites, a banda sonora ao vivo, alguns membros do grupo desempenham também papéis na peça: Fernando Cunha é Adão, Dora Eva, Sandra a Morte, e Miguel Angelo Jesus Cristo. A peça vai a palco 33 vezes, quantas o cantor é crucificado no tecto do teatro, antes da ressurreição e do cântico final de "Solta os Prisioneiros". Sai o disco "Breve Sumário da História de Deus" – banda sonora original. Sandra abandona o grupo para ser mãe e Dora toma a dianteira dos coros, evidenciando o seu lugar de solista. Participam na colectânea e espectáculo "Filhos da Madrugada", em homenagem a Zeca Afonso, onde os Resistência dão o seu último espectáculo. "Vejam Bem" é a canção escolhida e transformada em ambient-pop, com a ajuda preciosa de Doctor J, elemento dos USL (Undergroud Sound of Lisbon). Participam ainda na homenagem a António Variações, com a versão de "Sempre Ausente". Miguel Angelo é júri de um concurso para novos cantores, na Rtp1, "Selecção Nacional".

1995

Vão a Macau, e ficam fascinados com o Oriente, e também pelo facto de ninguém lá falar português ou inglês. Um ano de muitos espectáculos, que culmina no Portugal ao Vivo II, no Bessa e em Sintra, onde Fernando Cunha oferece a sua guitarra à audiência. Em Setembro, Miguel Angelo aceita ser júri do popular programa "Chuva de Estrelas". Com uma mudança de imagem casual, entra semanalmente na casa de milhões de espectadores e explica bem o que é ser delfim. Quase por acaso, a editora e o grupo resolvem lançar no Natal uma colectânea. Os Delfins escrevem dois novos temas, "A Nossa Vez" e "Sou como um Rio", tornando-se este último no tema de apresentação do disco e num dos maiores êxitos nacionais de sempre. Ah, o disco chama-se "O Caminho da Felicidade"…

1996

Ano dos Delfins. Uma verdadeira Delfinomania instala-se em território nacional, dando azo a uma das maiores tournées de sempre e também ao disco nacional mais vendido de sempre, e segundo nacional e internacional mais vendido de sempre! Nunca um nome de disco tinha sido tão premonitório… Os Delfins são convidados para fazerem a banda sonora de um filme português, "Adeus Pai" de Luís Filipe Rocha. Visitam o Brasil pela primeira vez, abrindo o show de Fernanda Abreu, no Rio de Janeiro, em plena praia Carioca. Realizam um clip-versão brasileira de "Sou como um Rio". Miguel Angelo torna-se o apresentador de um novo programa de canções, na Sic, "Cantigas da Rua", campeão de audiência. Cidade a cidade, às pessoas só se lhes pede que cantem! Ou seja, uma festa local em cada programa. Mas os Delfins não descansam, e depois de um belo concerto de encerramento da digressão na Baía de Cascais, filmado e transmitido pela Sic em pleno Réveillon, partem para uma digressão internacional. Claro que essa digressão internacional tinha algo na manga: a gravação de um novo disco de originais por todos os países onde passassem, numa autêntica operação móvel! Suíça, África do Sul, Salvador da Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro e Londres, foram as cidades escolhidas para as gravações de "Saber a~Mar". Passado um ano depois de "O Caminho da Felicidade", editavam um novo disco de originais, apresentando pela primeira vez na história do grupo colaborações com músicos brasileiros e africanos. Estava inaugurada a fase "Triângulo do Mar" dos Delfins. Roberto Fréjat (Barão Vermelho), Paulinho Moska, Gabriel, o Pensador, percussionistas brasileiros (A Cor do Som) e africanos, o naipe de metais do Djavan e até um coro zulu! O disco atingia 4 platinas, contra as já 6 da colectânea anterior!

1997

Início da tourné "Saber a~Mar" no Coliseu de Lisboa, com os convidados do disco mais os African Voices. Três noites de lotação esgotada para uma orquestra pop agora enriquecida com 3 metais, um percussionista recrutado no Brasil e integrado no grupo (Castora) e um segundo guitarrista (Rogério Correia, mais tarde dos Caravana).  ma digressão onde o grupo consegue realizar um sonho antigo: produzir os próprios espectáculos, juntamente  om a União Lisboa, e sair para a estrada com uma equipa de quase 50 pessoas, mantendo sempre o mesmo palco,  s cenários, os técnicos, etc. Tocam em estádios e ao ar livre para grandes multidões, não passando pelos  pequenos recintos. Existe ainda uma segunda série do popular "Cantigas da Rua", apresentada novamente por Miguel Angelo, que vai desdobrando o seu tempo. Voltam ao Brasil. Alemanha, Suíça, França, Cabo Verde, Luxemburgo e Inglaterra são alguns dos países visitados. Ficam particularmente contentes com um espectáculo na Brixton Academy, em Londres, dias antes dos Blur lá passarem. Fecham a digressão no Coliseu do Porto, duas noites, com os brasileiros Barão Vermelho na primeira parte. Os espectáculos tornam-se bastante  mocionais devido à saída de Dora, que também decide parar e ser mamã. É no fim de um longo e suado percurso que decidem fazer um intervalo…

1998

Intervalo esse que só seria interrompido, em 98, para alguns espectáculos, nomeadamente os da Expo 98. Lançam o disco "Azul", cantado em castelhano, para servir de cartão de visita a uma tentativa de internacionalização do grupo nos mercados espanhóis e da América Latina. Nicole Eitner, a cantora de 88, regressa da Alemanha e substitui Dora nas vozes. Participam na colectânea "Red+Hot&Lisbon", convidando para o efeito o Dj Tó Ricciardi, que realiza uma dance mix para "Canção de Engate". Fecham o concerto de lançamento, na Expo. Fazem uma mini digressão a que chamam "Planeta Azul", que se mantém em low profile em relação à imprensa mas que esgota todas as localidades por onde passa. Vão a Moçambique tocar, juntamente com a visita governamental. Acabam a digressão na própria Expo, no dia anterior ao seu encerramento, para mais de 30 mil pessoas. É o ano em que se iniciam as aventuras a solo de Fernando Cunha ("Invisível") e depois de Miguel Angelo ("Timidez"). Este último inicia, na Rtp1, um programa finalmente dedicado à música ao vivo e aos músicos profissionais. Chama-se "Ao Vivo" e convida os artistas e os grupos nacionais e internacionais a falarem, tocarem, e criarem momentos únicos para o programa, como duetos e participações especiais.

1999

É um ano dedicado aos discos a solo de Fernando Cunha e Miguel Angelo, num espectáculo misto criado para o efeito. Mais teatral, a remeter-nos para uma sala de estar de cada uma das nossas casas, onde tudo e nada se passa. Os Delfins começam no entanto a preparar um novo disco, não se sabendo se o lançamento ocorrerá em fins de 99 ou no princípio do ano 2000 (isto se o mundo não acabar entretanto…). As suas cabeças continuam voltadas para o Triângulo Atlântico… Passaram já 15 anos desde que "O Vento Mudou" foi lançado e que os  delfins nasceram como tal.

2003

Dez anos de "Ser Maior - Uma História Natural"

 

DISCOGRAFIA

 

-Libertação - 1987

Os Delfins são:

Jorge Quadros -  bateria

Rui Fadigas - baixo

Silvestre - sintetizador

Fernando Cunha - guitarra

Miguel Angelo - voz

 

-U outro lado existe – 1988

Em Portugal nunca houve um caminho Pop-Rock alternativo ao existente da música ligeira, as coisas acabaram sempre por se misturar. Agora, mais do que nunca, é preciso lutar para a sua criação, o que implica lutar por  muitas coisas, até pela abolição do serviço militar obrigatório. "Está na tua mão!"

O Delfim

 

-Desalinhados - 1990

Neste final desenfreado de século, há um "rapaz selvagem" que luta apenas pela criação da sua própria via, fora dos grandes círculos e das rodas da finança. Este disco é para ele.  o delfim

 " Sou livre, contra a sociedade organizada e vestida. Estou nu, e mergulho na água da minha imaginação."

A.      CAMPOS 

-Um so céu - 1991 

-Ser Maior – 1993 

-Breve sumario da historia de Deus – 1994 

-O caminho da felicidade – 1995 

-Saber A Mar – 1996 

-Azul – 1998 

-Del7ins – 2000

- Babilonia - 2002